terça-feira, 16 de março de 2010

Perguntas sobre o texto de Kucinski

Texto:
KUCINSKI, Bernardo. A Síndrome da Antena Parabólica. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998.

Obs: o texto se encontra na pasta da disciplina na reprografia ("Xérox do DA"). Não existe (que eu saiba) em meio eletrônico.

Reiterando: quinta é dia de práticas avaliativas (ou seja, para você usar este tempo para pelo menos realizar a leitura do texto, ou fazer o trabalho propriamente dito).

Perguntas a serem respondidas
1) Considerando o comportamento da mídia no Brasil, que aspectos o autor destaca como essenciais na relação entre os meios de comunicação e a política?
2) Em sua opinião, o comportamento da mídia no Brasil retratado pelo autor é específico daquele momento histórico analisado ou constitui um padrão ("estrutural") da mídia brasileira? Ou seja, o que há de permanente na forma como a mídia atua politicamente?

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13 comentários:

  1. Em seu trabalho, Kucinski faz relato de fatos que acontecem na atuação da relação política e meios de comunicação, de tal maneira, irei destacar os pontos mais relevantes nesse relacionamento, com curtos comentários, para não delongar nesse exercício.
    Em primeiro lugar, Kuncinski retrata, como a estrutura oligarca está presente na estrutura da distribuição das empresas jornalísticas. È ressaltado, o monopólio da Globo na distribuição das informações e do controle do meio jornalístico. O rádio é o meio de comunicação em que a diversidade de opiniões é maior, dessa maneiraas estruturas anteriormente retratadas não exercem total dominação. As revistas são de importância fundamental, pois, exercem força de decisão na agenda nacional, além de representarem a classe média.
    Vale ressaltar, que a mídia no Brasil, está longe de ter uma cobertura pluralista, além do mais, essas agem mais por interesses ideológicos do que para informar, dessa maneira, percebe-se o acordo entre as elites para disseminarem as informações.
    Na relação entre mídia e política no Brasil, existe a criação do consenso, que é feita através do controle da comunicação por um grupo jornalístico, da “espécie” de acordo entre os grupos de meios de comunicação para não divulgarem noticias sozinhos, de maneira, a legitimar notícias. De tal modo, que isso, influi e é influenciado sobre maneira na construção da agenda nacional de discussão.
    A mídia no Brasil é estruturalmente, em vários dos pontos, marcada pelo mesmo fator da época relatada pelo autor, primeiramente, porque primeiramente não mudou os donos dos meios de comunicação, segundo, porque continuam vários dos atores políticos no poder, ou seja, não houve alteração sensível nesse quadro. Como exemplo, vale ressaltar, a instituição do consenso, que vive até hoje.

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  2. 1- Kucnski descreve no texto os seguintes aspectos na estrutura de propriedade das relação entre os meios de comunicação e a política: A estrutura de propriedade das empresa jornalística, que reproduz com grande fidelidade a configuração oligárquica da propriedade da terra; A TV é hegemômica na formação do espaço público e dominada por uma empresa com forte vocação monopolística. O rádio e o mais democrático meio de comunicação de massa, nas sua distribuição de propriedade tem papel decisivo na manutenção do clientelismo político e de currais eleitorais em cidades médias e pequenas; As revistas nas funções de determinação da agenda e produção do consenso atuam como usinas de uma ideologia atribuída ás classes medias, inclusive no reforço de seus preconceitos.
    Esses aspectos descrito pelo autor e justificado devido ao grau ainda elevado de analfabetismo e ao baixo poder aquisitivo da maioria da população,deixando a percepção popular da sociedade da política só através deos meios eletrômicos de comunicação.
    2- Na minha opinião o comportamento da mídia No Brasil constitui um padrão "estrutural". No Brasil isso foi possível em algum grau devido, a condições culturais, econômicas e sociais moldados por 400 anos de um sistema colonial-escravista. A mídia tem um comportamento ideológico do que informativo, mais voltado á disseminação de consenso previamente acordado entre elites em espaço reservados, como por exemplo um consenso entre os grandes meios de comuniçação que são o Globo, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo, sendo todos comandados pelo Sistema Globo, ou seja, pela família Marinho. Que democracia é essa com á impressa na mão de uma só empresa????

    Rozangela
    0701033

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  3. 1- Desde o começo da produção midiática do Brasil, a produção jornalística esteve em constante aliança detentor de terra como o dono do jornal da cidade. Tal aliança entre o conjunto oligárquico e os produtores de terra já tinha por fim o controle das informações. O tipo mais popular de mídia, a TV, teria em sua essência a neutralidade perante a opinião política. Sabendo da força que lhe detém, tornou-se uma vitrine política após o golpe de 64. o pequeno espectro que o rádio tem como meio de comunicação é a fonte eleitoral mais comum nas médias e pequenas cidades onde o clientelismo é predominante . A classe média consome um tipo mais restrito de informação, as revistas fazem um resumo de tudo aquilo que os jornais impressos publicaram durante toda a semana, tornando-se fiel as notícias publicadas, levando em consideração o pouco tempo para acompanhar os acontecimentos. A manipulação e coerção de quem produz as notícias nada mais é que o resultado da soma dos demais tópicos, como a mídia brasileira é extremamente tendenciosa, os jornalistas ficam reféns de seus chefes e são orientados a segui determinada linha editorial.

    2- A mídia brasileira sempre esteve de mãos dadas com a elite econômica, fato cultural que até hoje privilegia as oligarquias no processo político, oprimem a grande massa carentes de todos os possíveis padrões socioeconômicos. Muito disse se deve ao fato recente de o então presidente José Sarney distribuir mais de 1028 freqüências de rádio e TV aos congressistas aliados em troca de votos para aprovar mais um ano de seu mandato que terminaria em 1989. Até mesmo no nosso ápice político-democrático tivemos a barganha política influenciando e interferindo nos meios de comunicação que não deixam de fazer parte da democracia. Os congressistas beneficiados usaram e usam desses benefícios até os dias de hoje. Isso que o autor denomina como "coronelismo eletrônico" assola e tem total influência na formação do indivíduo. A mídia no Brasil é politizada ao ponto de mudar o resultado de uma eleição, ganhando no período eleitoral uma característica comercial.



    Rairon Murada
    MAT: 0606332

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  4. Os meios de comunicação de massa no Brasil têm exercido há tempos o papel de disseminador das ideologias e dos valores políticos das elites dominantes. Sobretudo os meios eletrônicos são o principal agente formador de opinião da grande maioria da população, que tem como característica marcante o alto grau de analfabetismo e a baixa renda.
    Os grandes jornais, como apontados por KUCINSKI são dominados por elites ligadas à estrutura oligárquica proprietária de terras. Esses grandes compartilham de uma ideologia comum, diferenciando-se apenas por alguns detalhes. Essa “sintonia” é tão grande e descarada que os maiores jornais de circulação nacional – O Globo; O Estado de São Paulo; Jornal do Brasil e Folha de São Paulo- exibem manchetes frequentemente idênticas em suas páginas.
    A TV é hegemônica e com aspecto monopolístico. O império de Roberto Marinho se beneficiou grandemente dos favores da ditadura e ainda hoje têm suas preferências políticas e candidatos muito bem definidos.
    O rádio serve como produto de barganha nos pequenos municípios e se posiciona de maneira a manter o clientelismo local e os currais eleitorais em municípios do interior. As concessões são feitas a pessoas ligadas aos caciques locais e prestam-se a servir a esses líderes conservadores.
    A relação entre jornalistas é marcada pela autocensura, descrença nos valores da democracia e uma visão de bem público definida em instâncias superiores e reservadas dominadas por elites políticas e editores de jornais, e então transmitidas à sociedade.
    Um aspecto a ressaltar em relação ao jornalismo no Brasil é um paradoxo que o acompanhou desde o início. Uma maioria declarada dos jornalistas se classificava como esquerdistas, enquanto que os grandes veículos de comunicação estiveram sempre alinhados a posições conservadoras. A atividade dessa classe foi então sempre marcada pela repressão, mesmo antes da ditadura. Essa característica ficou impressa no éthos jornalístico.
    Os que não se dobraram à repressão foram poucos e acabaram buscando espaço numa mídia alternativa. Mas a grande maioria acabou cedendo aos “apelos” de seus chefes nas edições dos jornais e dos líderes militares.
    Esse aspecto ainda domina o cenário jornalístico no Brasil. Percebe-se claramente o posicionamento político desses grandes veículos de comunicação.

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  5. 1) Considerando o comportamento da mídia no Brasil, que aspectos o autor destaca como essenciais na relação entre os meios de comunicação e a política?


    Os aspectos principais da relação da mídia com a política formam um comportamento que o autor define como a “síndrome da antena parabólica”.

    São os principais aspectos:
    a) compulsão à unanimidade, na qual os jornalistas apóiam seus argumentos e realizam suas matérias baseados nos discursos de outros jornalistas, com medo dos riscos de uma cobertura individualizada evitando assim polêmicas e sanções, mas adicionando legitimidade a seus relatos (rede de factibilidade); mesmo as manchetes dos jornais impressos e televisivos pode-se ver a abordagem dos mesmos assuntos sob a mesma ótica, ocasionando uma “mesmice jornalística”.

    b) o simulacro, situação esta na qual o jornalista é um ator que representa um jornalista fazendo perguntas aparentemente críticas, mas previamente ensaiadas. Mesmo tendo acesso a informações sigilosas e relevantes ao público em geral, os jornalistas e a mídia em geral, não as divulgam como também fazem o possível para esconderem e maquiarem a realidade quando lhes convém.

    c) produção de consenso, esta externa aos meios de comunicação, definida em um processo político realizado na esfera do poder e depois passado para a esfera pública. Assim, o consenso é imposto à mídia e parece determinar o próprio padrão da cobertura jornalística.

    d) autocensura. Esta pode ser considerada a principal e talvez a mais danosa das características da relação da mídia com a política e em especial, com o Governo. De acordo com o autor, a autocensura é a supressão intencional da informação ou parte dela pelo jornalista ou empresa jornalística, de forma a iludir o leitor ou privá-lo de dados relevantes. Esse tipo de censura é pior do que a que é feita diretamente pelo Governo e seus órgãos, pois o próprio jornalista em seu consciente, imagina que tal matéria pode prejudicá-lo frente à seu empregador, não se importando com o fato de se prejudicar frente à opinião pública.

    e) concessão de rádios. O rádio é o mais democrático meio de comunicação de massa no Brasil, o mais diversificado e heterogêneo, mas a distribuição de sua propriedade tem papel decisivo na manutenção do clientelismo político e dos currais eleitorais em cidades médias e pequenas. No Brasil, as licenças de rádio foram concedidas por critérios de favoritismo, ou como moeda de barganha política pelo Executivo e pelo Legislativo.


    2) Em sua opinião, o comportamento da mídia no Brasil retratado pelo autor é específico daquele momento histórico analisado ou constitui um padrão ("estrutural") da mídia brasileira? Ou seja, o que há de permanente na forma como a mídia atua politicamente?


    Na minha concepção, o comportamento da mídia não mudou muito em relação ao período histórico retratado pelo autor. Alguns pontos abordados por Kucinski mostram extrema atualidade tais como a concessão de rádios, o modo autoritário no controle da produção dos jornalistas pelos editores, a autocensura feita pelos participantes do processo de informação; o simulacro (quantos casos de tentativa de suborno, ou mesmo sua ocorrência, a jornalistas que detém infomações sigilosas acerca do governo, nunca foram relevados pela mídia e seus jornalistas?); o fato de que se o um dado governante tem um bom índice de popularidade, a mídia não tece críticas a este, só as faz quando estes índices são baixos; e por fim, quando da candidatura do Lula, a imprensa, sempre a favor da situação (governo) fez o possível para derrotá-lo, e agora faz o possível para alavancar a candidatura da candidata escolhida pelo Presidente.

    LUIZ CANTARINO / 0724947

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  6. Respostas Sobre o texto: A Síndrome da Antena Parabólica
    George Adriano de Pinho Campos 1012380
    Questão 1:
    O primeiro traço importante destacado é o fato de a estrutura da propriedade das empresas jornalísticas se assemelhar em muito ao modelo de posse da terra. Ou seja, predominam as práticas de favoritismo e mando baseado na posse, típico da cultura da grande propriedade rural familiar. No brasil, os grandes proprietários dos meios de comunicação compões uma oligarquia que compartilha de ideologia comum, que se diferenciam apenas em pequenos detalhes pouco significativos.
    A televisão é o meio de comunicação predominante, e é dominada pela rede globo, como forte tendência monopolística, que domina a audiência e promove os candidatos preferencialmente das elites. A rede globo é o centro de articulação das elites dos país, que definem os destinos do país.
    O rádio é o meio de comunicação mais democrático e heterogêneo do país, no entanto a distribuição de sua propriedade tem papel decisivo na manutenção do clentelismo e dos currais eleitorais em cidades médias e pequenas. As emissoras de rádio portanto tornaram-se máquinas eleitorais de políticos conservadores.
    As revistas preenchem no uma importante necessidade de leitura, especialmente entre a classe média que não compra jornal diariamente, onde atuam como usinas de ideologia, inclusive como reforço do preconceitos da classe média.
    No Brasil, a mídia desempenha papel mais ideológico que informativo, mais voltado à disseminação de um consenso previamente acordado entre as elites em espaços reservados e de grupos de empresariais de pressão
    Ouro aspecto importante abordado é o do papel do jornalista. A atuação desse profissional e constrangida pro um modo autoritário de controle da sua produção, pela falta de garantias à liberdade de expressão jornalística epelas dimensões restritas do mercado de trabalho.
    Questão 2:
    Na mídia brasileira ainda prevalece o padrão oligárquico de controle, em que pouquíssimos detêm o controle da pauta jornalística nacional e determinam o conteúdo da agenda política país. Prevalece ainda a disputa de interesse, melhor a sua manutenção, em cada matéria publicada, em que cada letra que aparece no jornal passa por um rigoroso crivo pseudo ideológico de controle de opinião, controle de linguagem e controle cultural. Na televisão ainda prevalecem os debates pré-concebidos, que surgem por debaixo das cortinas. A televisão é o espelho do controle exercido pelos cidadãos de estirpe do reino que é o estado brasileiro, com “e” minúsculo mesmo.

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  7. 1. O autor destaca que os meios de comunicações, dominados por determinada classe exploradora, em cada segmento. Esta configuração de propriedade dos meios de comunicação figura interesses desses mesmos donos, dominando o resto da população como bem entendido por esses. Em cada meio, há uma situação bem definida. A TV, sendo hegemônica, é a grande formadora da opinião pública, teoricamente, a partir do debate (que não há na realidade). Os rádios, mesmo sendo mais democráticos, estão sob controle de pequenos grupos que clientelistas que atuam com autonomia, em pról de seus interesses, principalmente em regiões do interior. As revistas suprem as lacunas de opinião e ideologia da classe média, também definidas de acordo com os interesses de uma elite. Nesta configuração, a sociedade política, pressionada por essas elites, que produzem o consenso social, acaba por estar subordinado à estes. Este consenso é formado a partir da inclusão ou exclusão de certo tema na agenda política, em primazia.

    2. O momento retratado da mídia pelo autor é padrão. Não só no Brasil mas em todo e qualquer lugar do mundo, especialmente na função elitista de propriedade das classes exploradoras. A diferença que hoje se encontra entre as mídias no mundo é seu grau de corrupção e democracia. Isto se dá, principalmente, pelo controle de uma oligarquia, nos meios de comunicação e a autocensura retratada pelo autor, afim de defender os interesses destas oligarquias.

    Nome: Fábio Ferreira Berrogain
    Matrícula : 0615242

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  8. 1) segundo o autor a conduta dos meios de comunicação desde o caso color sugere que é possível uma um padrão mais democratico de jornalismo, a despeito da pertinência das formas oliguarquias e monopolisticas de propriedade dos meios de comunicação de massa, desde que se modifique a cultura e o ethos do jornalismo.

    2)o comportamento da midia brasileira, se constitui como um padrão estrutural, desde a sua formação até os dias de hoje se matem fazendo uso da autocensura a informação é maquiada para se adequar os interesses particulares, não há um compromisso com a trasparência, talves a diferença que se tem hoje de antes, seria uma maior liberdade de expressão que a midia possui

    Rina Bilac - 0712043

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  9. Cairo Tavares de Souza
    Matricula: 0817198

    O autor destaca ao longo de sua obra que mídia brasileira está concentrada na mão de poucas famílias, sendo a principal a família marinho, que com o regime militar teve a possibilidade de expandir seu domínio por todo o país e assumir posição hegemônica. Para kunciski a mídia tem "desempenhando um papel mais ideológico do que informativo, mais voltado à disseminação de um consenso previamente acordado entre as elites em espaços reservados, e, em menor escala, à difusão de proposições de grupos de pressão empresarial".
    Portanto, tanto pela forma com é estruturado a mídia no Brasil, concentração dos meios de comunicação, como pela postura adota pelos jornalistas, submissos aos donos da mídia, é possível concluir que a postura adotada no caso da crise da antena parabólica é o padrão estrutural da mídia na sociedade brasileira.
    Por outro lado, o autor ao comparar a mídia nacional com a americana, aponta como a forma mais recomendada o modelo americano, onde existe uma maior divisão quanto a concentração do controle dos meios de comunicação, o que torna esse sistema mais democrático. Além desse fato, a postura adotada por jornalistas naquele país é em geral mais imparcial, politicamente, do que no Brasil, pois um sistema de coerção social por parte da categoria nas redações.

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  10. Para Kucinski, os meios de comunicação de massa substituíram as parcas públicas na definição do espaço coletivo da política no mundo contemporâneo, mesmo e países como o Brasil. Face o elevado analfabetismo e ao baixo poder aquisitivo da maioria da população, a percepção popular da política e da sociedade provém principalmente dos meios eletrônicos de comunicação, o rádio e a TV, e em menor escala, da leitura de jornais e revistas, os poucos objetos de leitura popular regular.
    Apresenta de forma clara o papel de cada um desses meios na formação desse espaço, na criação do consenso e na definição da agenda nacional de discussões.
    A TV é hegemônica na formação do espaço público e dominada por uma empresa com forte vocação monopolística. Na maioria das democracias liberais avançadas a audiência de TV é repartida entre diversas redes, e suas programações tem de se ater ao princípio da neutralidade político-partidária, no Brasil uma rede apenas, sob o comando da TV Globo, domina a audiência e promove os candidatos de preferência das elites.
    Rádio é o mais democrático meio de comunicação de massa no Brasil, o mais diversificado e heterogêneo. De sua propriedade tem papel decisivo na manutenção do clientelismo político e dos currais eleitorais em cidades médias e pequenas.
    Revistas semanais de informação preenchem no Brasil uma necessidade importante de leitura, devido à sua longevidade e alcance nacional, especialmente entre as classes médias, que não compram jornais diários.
    Esfera pública burguesa desempenha um papel secundário como espaço de esclarecimentos e debate e como meio de informação para a tomada de decisões das elites empresariais.
    A atuação do jornalista no Brasil é constrangida por um modo autoritário de controle de sua produção, falta de garantias à liberdade de expressão jornalística e dimensões restritas do mercado de trabalho.
    Como autor retrata ainda estamos num processo de desenvolvimento, mas ainda vemos a população sendo dividida em uma grande massa de pobres, de um lado, e em uma minoria de muitos ricos, de outro. A economia é viciada, dependente dos mercados externos, uma situação de subordinação objetiva, tanto econômica como ideológica. Os jornais determinam à agenda e, é Roberto Marinho, quem em nome de toda a classe proprietária, define as estratégias nos momentos decisivos e as implanta por meio de seu império de comunicações.
    Como resposta positiva o avanço da tecnologia que vem contribuindo para democratização, ao permitir a proliferação de canais, inclusive TV a cabo, e com isso reduzindo substancialmente o poder de audiência da Rede Globo.
    A regulamentação, ainda que restritiva, para as rádios comunitárias e a locação de canais para uso comunitário em todas as concessões de TV a cabo é um sinal pela quebra do monopólio dos meios de comunicação.
    Sônia Amaro 0615684

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  11. 1)O professor Bernardo Kucinski expõe em livro as mazelas causadas pela grande imprensa brasileira. A síndrome da antena parabólica – ética no jornalismo brasileiro reúne uma série de ensaios do professor Kucinski que tratam não apenas dos grandes grupos de comunicação, mas também de personagens do jornalismo brasileiro. O livro traz as mazelas causadas pela grande imprensa brasileira, situacionista, dominada em quase sua totalidade por um grupo restrito de sete famílias – segundo o autor, a saber, as famílias Mesquita (O Estado de São Paulo); Frias (Grupo Folha); Sirotsky (RBS); Civita (Editora Abril); Marinho (Rede Globo); Nascimento Brito (Jornal do Brasil) e Saad (Rede Bandeirantes) – que compartilham um opinião comum, com mínimas variações pouco significativas, desenvolvendo o papel de disseminador das ideologias e dos valores políticos das elites dominantes.

    2)O comportamento da mídia no Brasil retratado pelo autor promoveu um debate sobre a influência da mídia na vida das pessoas que ainda apresenta um padrão estrutural da mídia brasileira. Os meios de comunicação que compartilham um opinião comum, com mínimas variações pouco significativas, "desempenhando um papel mais ideológico do que informativo, mais voltado à disseminação de um consenso previamente acordado entre as elites em espaços reservados, e, em menor escala, à difusão de proposições de grupos de pressão empresariais". Esse quadro não mudou por causa donos dos meios de comunicação, segundo kucinski, continuam vários dos atores políticos no poder, ou seja, não houve alteração sensível até os dias de hoje.

    Liliane Ribeiro dos Santos -0602507

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  12. Relacão com o jornalista por Antonio Carlos Magalhães
    - confiança mútua;
    - saber lidar com o repórter, com o editor, e dar o que interessa ao profissional da notícia;
    - demonstrar ao repórter e/ou editor o que de fato tem interesse em ser notícia, não disfarçar suas reais intenções;
    - disponibilizar tempo para a imprensa e para atualização das notícias;
    - relação de cordialidade com o meio;
    - saber diferenciar os atendimentos/prioridades;
    - dificuldade com alguma matéria procura diretamente o repórter e não o dono jornal;
    - boa vontade com o repórter, só com o dono do jornal não basta;
    - estar sempre bem informado, não há uma rede de informações, mas sim contatos;
    - não passar a mesma matéria para dois profissionais, mesmo que sejam do mesmo jornal ou jornais concorrentes. Saber escolher a notícia;
    - a notícia deve interessar ao jornalista e não somente ao político;
    - notícia tem haver com convivência e com experiência – o relacionamento político/repórter se dá através da notícia;
    - assessoria de imprensa, goza de intimidade, são amigos, mas não tem a palavra final. Assessoria não se dá somente pelo assessor, ele é apenas um veículo dela;
    - assessor de imprensa trabalha para que os jornalistas tenham acesso à autoridade;

    Para José Genuino:
    - o repórter procura a informação;
    - procura estabelecer uma relação democrática com toda a imprensa, não privilegiar;
    - papel da imprensa como trabalho político, reprodução para milhões de pessoas do que você faz, pensa e cria como atividade política;
    - espaço para gerar notícia;
    - opinião de forma coletiva, para todos;
    - questão de confiança é fundamental na atividade;
    - saber separar as funções, repórter, editor, dono do jornal, não confundir amizade com trabalho;
    - atendimento prioritário a imprensa, ela tem o papel de levar informação a milhões de pessoas a sua posição;
    - relação saudável com os jornalistas, faz política com prazer, independente da posição;
    - assessoria técnica fundamental, gera informação, lhe dá elementos de conteúdo;
    - uso do plenário como fonte, cria possibilidade de criar um fato;
    Antônio Carlos Magalhães - habilidade em distinguir o que de fato interessa ao jornalista, do repórter ao editor, e isso se dá pelo seu histórico profissional, experiência jornalística e carreira política.
    José Genuino - capacidade de persuasão. Uso de sua condição de ex-preso político para imprensa como forma de extensão de seu trabalho político para atividade parlamentar.

    Sônia Amaro - 0615684

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  13. Visão “Poliana” de Franklin Martins baseia-se numa atitude otimista, a qual podemos olhar, enxergar as diversas situações da vida, leia-se “mídia e poder” pelo ponto de vista do bom, que por mais complicada que seja o fato a notícia, existe o lado positivo.
    - o público não tem idéia do poder que ele tem sobre a imprensa e termina julgando-a muito mais poderosa do que ela realmente é;
    - numa sociedade democrática, a mídia não é uma criação do poder, não é uma criação do Estado. Não é o governo quem cria a mídia;
    - quem faz a imprensa ir para frente ou para trás é própria sociedade;
    - a imprensa não está acima do bem e do mal e muito menos acima dos leitores, ela não faz sozinha a pauta ou determina para onde vai à sociedade;
    - o leitor, o telespectador, o ouvinte são os críticos mais severos da imprensa. Dá para enganá-los durante algum tempo, mas não por muito tempo;
    - a sociedade tem um poder enorme sobre os jornais, porque, de uma forma ou de outra, ela consegue fazer chegar seu agrado ou desagrado, sua insatisfação ou a satisfação com um determinado veículo;
    - a imprensa não foi feita para ficar elogiando o governo. Ela bate mais do que elogia. Os jornais não escondem sua participação no julgamento de alguma notícia que julgam ser ruim para o governo. Quando a notícia é boa para o governo, fica clara a má vontade. Não existe imparcialidade da imprensa ela erra por má fé e omite quando há interesses envolvidos.
    - concordo que uma parte da sociedade percebe que as grandes questões do país e do mundo estão sendo discutidas no jornal de uma forma que o enriquece. Ele tem acesso a opiniões e reflexões inteligentes, interessantes, diferentes, que o estimulam a pensar e a qualificar sua própria reflexão e opinião;
    - não devemos ter uma visão derrotista, porque sempre é possível disputar – e às vezes até ganhar o jogo ou, quem sabe, perder por um placar menos dilatado;
    - a imprensa é importante, não vivemos sem ela, mas quando ela vai além das suas atribuições, quando acha que seu poder é maior do que efetivamente é, ela sai perdendo. E inevitavelmente pagará um preço alto em termos de credibilidade. A verdade é mais poderosa do que a imprensa. A sociedade tem um papel de fortalecer, enfraquecer dar vida e liquidar os jornais. O processo de participação é educativo.
    Sônia Amaro - 0615684

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