domingo, 7 de março de 2010

Manin e o Governo Representativo

Bernard Manin em seu texto “As Metamorfoses do Governo Representativo”, indica a existência de três governos representativos: o governo representativo parlamentar, o de democracia de partido e o democracia de publico.
O governo representativo, segundo Manin, possui alguns princípios que entre eles está que os representantes são eleitos pelo governados, estes representantes tendem a manter uma certa independência perante as preferências dos eleitores, as decisões políticas acontecem após o acontecimento de debates sobre os temas e por ultimo, que as opiniões dos governados possam ser manifestadas sem que exista um controle do governo sobre elas.
O governo representativo do tipo parlamentar é aquele que o representante mantêm um vinculo direto com o representado pois é eleito por fatores de ligação de proximidade e confiança em que a sua representação é que faz a diferença entre os outros mas mesmo com esta proximidade, o curso de seu pleito é independente da idéia de seus eleitores.
O governo representativo de democracia de partido é aquele no qual os representados são eleitos não por fatores individuais e sim por participarem de um partido em que a plataforma do mesmo é que define o voto dos eleitores.
O governo representativo de democracia de publico acontece a personificação do voto, o eleitor vota diferente de uma eleição para outra e vota em um candidato e não mais no partido.
A imprensa ,a qual é por vezes classificada como o quarto poder, exerce papel importante mas diferenciado em cada um destes modelos de governo representativo. No parlamentar, a imprensa era mero coadjuvante pois apenas informava os acontecimentos após a decisão na arena política e não influenciava de maneira alguma os debates. Na democracia de partido, a imprensa já vem a publico com a discussão realizada juntamente com os partidos e transmitindo o resultado do que os partidos concordaram com a mesma e na democracia de publico, a imprensa não joga ou participa do mesmo time dos partidos e assim mantêm a informação neutramente e dando oportunidade que escolhas individuais possam ser realizadas perante as opções oferecidas.
A imprensa Brasileira não é neutra pois, mesmo que veladamente, apresenta suas preferências de acordo com as matérias e editoriais apresentados, seja isso em blogs, em revistas, em periódicos, nos canais de tv, a falta de neutralidade é tamanha que claramente pode ser observado a escolha de cada veiculo observado, ou é contra ou favor deste ou aquele governo, impedindo assim a livre escolha ou interpretação do eleitor pois ele fica constantemente bombardeado com informações e, dependendo do modo que elas cheguem a cada um e devido por vezes ao escasso tempo das pessoas, informações truncadas ou inverdades podem virar verdades absolutas.

Fabiano Praça.

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