sábado, 6 de março de 2010

Manin - As Metamorfoses do Governo Representativo

São três os tipos de governo representativo abordados por Manin: O Parlamentar, a Democracia de Partido e a Democracia de Público. O Modelo Parlamentar leva como principal característica a confiança que é estabelecida entre os candidatos e os representados. Nesse modelo os representantes não usam do consentimento de uma maioria para tomar suas decisões, que por vez, são alcançadas independentemente da opinião popular. Já a Democracia de Partido se dá de acordo com as ideologias do Partido escolhido, a relação de confiança aqui não é como no modelo parlamentar, gera laços de partidos para representados, onde os eleitos não tem autonomia para estabelecer suas decisões, sendo que as prioridades são definidas pelo partido em geral, ficando o representante no papel de porta-voz. O último tipo abordado por Manin, Democracia de Público, leva como característica a maneira de votar das pessoas, que é relacionada diretamente com a personalidade do candidato, seguindo uma tendência de voto unipessoal e não mais em um partido, e as atitudes dos representantes são julgadas a posteriori, mantendo ou não o representante no poder.

A imprensa se comporta de maneira distinta em cada um desses regimes, no de tipo Parlamentar a liberdade é restringida, causando o impacto que já foi pré estabelecido quando os laços foram firmados a partir da confiança com o representante. Já na Democracia de Partido as instituições de informação apresentam a mesma linha dos partidos político, contendo vínculos e questões advindas de dentro dos partidos para fora, reproduzindo todo o conteúdo das ideologias defendidas. Por último, na Democracia do Público a relação imprensa apresenta um caráter informacional de tipo apartidário e neutro, propondo ao eleitorado ‘opções’ no julgamento em questão.

A neutralidade diante de assuntos políticos representa a maximização da democracia, tendo em vista a variedade da informação de acordo com os caminhos que dela pode levar. Diante dessa neutralidade, a escolha e de formular suas preferências condizendo com o fato de ser ‘uma cabeça, um voto’, dá ao cidadão a liberdade de escolha sem influencias diretas, considerando que a própria informação já leva em seu teor algum tipo de orientação. Os meios de comunicação brasileiros não apresentam essa neutralidade, cabendo ao cidadão filtrar ou não as informações recebidas, de acordo com as informações que os cidadãos recolhem a respeito de política., portanto, essa neutralidade não se aplica por aqui, por conter na nossa mídia grandes influenciadores de opiniões que camuflam e manipulam informações de acordo com interesses prévios de ideologia e corrupção.


Michelle de Oliveira
MAT: 071249-3

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