1)Manin, em seu ensaio, destaca três tipos principais de governo representativo.
O primeiro, também citado como "tradicional" por ele, é o Governo Representativo Parlamentar. Nesse tipo de governo, a escolha dos representantes baseava-se na confiança que eles passavam aos eleitores. Os eleitos eram pessoas "notáveis" no meio e, quando eleitos, tinham autonomia para tomar as decisões que julgassem certas, sem que necessariamente essas decisões estivessem em sintonia com a vontade popular. A decadência deste modelo dá-se a partir da ampliação do voto que faz emergir um sentimento de "incongruência exarcerbada" entre representante e representado.
O Segundo tipo de governo destacado por Manin é o "GOverno de Partidos", ou "Democracia de Partido"
De acordo com Manin, este modelo surge com a ampliação do direito de voto e com o consequênte declínio do Parlamentarismo.
Neste tipo de governo, as ideologias pregadas pelos partidos, assim como suas plataformas políticas, influenciavam diretamente o eleitorado, que procurava nos partidos uma forma de encontrar representantes correspondentes com seus anseios.
O Terceiro e último tipo de governo destacado por manin é a "Democracia do Público".
Neste tipo de governo o principal fator a influenciar o voto do eleitor está na personalidade do candidato. Com a inclinação dos partidos ao pragmatismo, onde as plataformas eleirorais ficam parecidas e as promessas quase nunca são cumpridas, o voto personalístico toma importância e a figura individual do candidato sobrepõem-se à imagem do partido.
2)O papel da mídia no primeiro tipo de governo é limitado, uma vez que a discussão neste tipo é restrita ao parlamento e as decisões dos parlamentares são tomadas como altamente confiáveis.
Já no Governo de Partidos, o papel da mídia tende a ter um caráter partidário, onde partido e imprensa podem manter interesses mútuos e agir como aliados ou oposição.
Na Democracia do Público, a imprensa tem um papel pragmático, aparentemente neutro, cabendo a ela o papel de fiscalizar e denunciar e, consquentemente, agir como ator na arena de discussão política.
3) Na minha opinião, a possível existência de uma neutralidade nos meios de comunicação ainda é uma especulação. Enquanto houver interesses políticos por conta dos donos dos meios de comunicação, torna-se inviável afirmar neutralidade na desvinculação de informação.
Assim é no caso do Brasil, uma país detentor de uma velha conhecida concentração de renda e poder.
Não seria coerente afirmar também que a imprensa é, de forma generalizada, uma fonte manipulada.
Existe o choque de interesses dentro da própria imprensa.
Mas falta variedade nas fontes de informação, poucos donos dos veículos de infomação possuem grande porcentagem do que está disponível.
Lucas Moura de Sá
Matrícula nº 0709646
domingo, 7 de março de 2010
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